A Síndrome de Burnout no mercado imobiliário

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Atualmente, vivenciamos, no Brasil e no mundo, um aumento expressivo de pessoas com doenças psíquicas. Nesse contexto, a Síndrome de Burnout faz parte desse grupo de transtornos, que, principalmente depois da pandemia causada pelo Corona vírus, acometeu significativa parcela da população, sobretudo aquela que atua no mercado imobiliário.

Levando em consideração as informações acima, este artigo se propõe a falar um pouco mais sobre essa síndrome, suas causas, sintomas, mostrando algumas alternativas para lidarmos com essa situação. Confira a seguir!

O que é a Síndrome de Burnout?

A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico, cujas principais características são a tensão emocional e o estresse ocasionados por condições de trabalhos esgotantes. Sabemos que, em uma sociedade marcada pela competitividade, precariedade das relações de trabalho, carga horária exaustiva e insegurança econômica, as pessoas tendem a sentirem muita pressão e isso acaba influenciando diretamente a sua saúde física e mental.

Nesse sentido, a Síndrome de Burnout é manifestada, geralmente, nas pessoas cujas profissões demandam um envolvimento interpessoal direto e intenso. E, entre esse grupo de profissionais, estão aquelas que atuam no mercado imobiliário.

Quais são os Sintomas do Burnout?

Como sabemos, a Síndrome de Burnout é um estado de esgotamento físico e mental intenso, decorrente de algumas atividades laborativas, que desencadeia uma série de sintomas. Abaixo, citaremos, brevemente, alguns deles. Veja!

  • Mudanças bruscas de humor;
  • Ansiedade;
  • Agressividade;
  • Isolamento;
  • Fadiga;
  • Dificuldade de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Lapsos de memória;
  • Depressão;
  • Pessimismo constante;
  • Baixa autoestima.

Além desses, existem outros sintomas que podem estar associadas à síndrome, manifestando-se no corpo do paciente. São eles: dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, palpitação, pressão alta, sudorese, dores musculares, distúrbios gastrintestinais, entre outros.

Qual a relação entre a síndrome de Burnout e o mercado imobiliário?

Durante a pandemia causada pelo Coronavírus, iniciada em 2020, tivemos que lidar com uma série de transformações em nossa vida cotidiana e no trabalho. A imposição do isolamento social, a paralisação de diversos setores do mercado e as dúvidas quanto o futuro da saúde da humanidade fez com que as doenças psíquicas, entre elas, a Síndrome de Burnout, se alastrassem pelo mundo.

No segmento da locação de imóveis, por exemplo, houve uma sobrecarga nas imobiliárias, provocada pelo aumento do IGP-M — Índice Geral de Preços de Mercado. Naquele momento, esses profissionais tiveram que intermediar conflitos entre proprietários e inquilinos, devido o aumento do aluguel, as desocupações e o aumento da inadimplência.

síndrome de burnout no mercado imobiliário

Novas configurações de trabalho

Ainda nesse cenário, as imobiliárias precisaram se reinventar para dar continuidade aos processos presenciais, que, a partir de então, passaram a ser digitalizados com as ferramentas de tecnologia. Além disso, a dinâmica de trabalho foi modificada em decorrência da modalidade remota, retirando a proximidade física entre colegas, que poderiam se apoiar em um momento tão delicado, em que tantas pessoas perderam entes queridos.

Segundo um levantamento da International Stress Management Association, no Brasil, 72% da população economicamente ativa sofre com problemas relacionados ao estresse, e destes, 32%, apresentam características de Síndrome de Burnout.

Quais medidas podem evitar a Síndrome de Burnout no mercado imobiliário?

Já sabemos que a Síndrome de Burnout é desencadeada por uma sobrecarga de trabalho. No entanto, um ambiente de trabalho tóxico, com competições doentias e muita pressão sobre o trabalhador também podem colaborar para o quadro.

E, para que as organizações possam evitar que isso aconteça, são necessárias políticas que preservem o bem-estar do colaborador. A seguir, falaremos algumas delas. Confira!

O período de descanso deve ser valorizado

Em um mercado competitivo, o que se espera de um trabalhador é que ele produza cada vez mais e contribua significativamente para o acúmulo de lucros de uma determinada empresa. Porém, quando o tempo de descanso — tanto durante a jornada de trabalho, quanto no período intrajornada — não é valorizado, ele pode desenvolver a Síndrome de Burnout.

Dessa forma, as organizações devem garantir que os funcionários possam usufruir de breves períodos de descanso durante o expediente e entre uma jornada e outra, fornecendo a eles o descanso necessário para que possam realizar o trabalho de maneira saudável.

Eliminar trabalhos desnecessários é fundamental

Hoje, com o avanço das novas tecnologias, podemos facilitar diversas atividades, que, até pouco tempo atrás eram repetitivas e tomavam muito tempo. Um exemplo clássico, no contexto das imobiliárias, é o preenchimento de fichas e relatórios, que podem demandar um esforço expressivo.

Desse modo, é essencial que esse tipo de tarefa sejam automatizadas por sistemas, ou simplificadas, para que o profissional possa trabalhar sem excesso e tenha como se dedicar a tarefas que demandem mais capacidade estratégica ou intelectual.

Ouvir o profissional evita uma série de transtornos

A realização de feedbacks é essencial para estar a par da saúde dos funcionários em qualquer organização. Essas avaliações fazem com que os colaboradores tomem conhecimento das suas falhas e acertos profissionais, além disso, podem expressar o modo como se sentem em relação ao trabalho desempenhado.

Essa dinâmica possibilita o aumento da motivação e a identificação de algum sintoma que pode estar associado ao Burnout.

O ambiente de trabalho influencia o bem-estar

Um ambiente socialmente equilibrado é crucial para a manutenção do bem-estar entre funcionários. E, assegurar essa boa convivência pode evitar uma série de conflitos que desgastam as relações em uma corporação.

Assim, a realização de reuniões periódicas com espaços seguros para que todos possam falar e escutar uns aos outros, ajuda na saúde mental da equipe. Além disso, é fundamental que se mantenha o espaço limpo e arejado, visando evitar o aparecimento de doenças respiratórias ou alérgicas. Isso faz com que o profissional se sinta cuidado pela empresa.

Identificar os sintomas de Burnout ajuda no diagnóstico e tratamento

Um ponto fundamental às empresas poder contar com profissionais que saibam identificar, nos funcionários, sintomas da Síndrome de Burnout. Essa capacidade ajudará no diagnóstico precoce e, consequentemente no tratamento do distúrbio.

Para tanto, o setor de Recursos Humanos deve contar com assistência médica ou psicológica e auxiliará o paciente durante a identificação da doença e nos próximos passos para o seu tratamento.

A Síndrome de Burnout tornou-se algo muito comum, sobretudo no setor imobiliário e diversos fatores contribuíram para o seu agravamento. Contudo, com informação e profissionais capacitados, esse distúrbio pode ser tratado, oferecendo melhora na qualidade de vida ao paciente.

No entanto, é preciso que as organizações estejam atentas ao trabalho desempenhado pelos seus colaboradores, a fim de manter a motivação e a produtividade da equipe, sem sobrecarregá-la.

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