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- Mapeie o perfil do cliente antes de oferecer qualquer imóvel
- Aprenda a apresentar imóveis com storytelling e estratégia
- Use a tecnologia a favor do relacionamento, não só da operação
- Domine os processos jurídicos e documentais do mercado imobiliário
- Tenha postura consultiva — conduza sem pressionar
- Cuide da sua reputação digital (ela influencia muito no fechamento)
- Invista em capacitação contínua para evoluir no mercado
- Desenvolva inteligência emocional para lidar com pressão e objeções
- Faça networking com outros profissionais do mercado
- Atualize-se sobre tendências de consumo e comportamento
- Mostre segurança nas decisões — mesmo quando for preciso dizer “não”
- Acompanhe o cliente até depois da assinatura do contrato
- Ser um bom corretor é dominar o presente com olho no futuro
Dizer que alguém sabe vender já não diz muita coisa. Afinal, como ser um bom corretor de imóveis em um mercado onde simpatia virou obrigação, e não mais um diferencial?
Com mais concorrência, clientes exigentes e um volume enorme de informação circulando, o profissional que quer se destacar precisa ir além do básico. Técnica afiada, postura madura, domínio das ferramentas digitais e uma boa dose de leitura de cenário viraram parte do jogo.
Não basta acompanhar o mercado. Hoje, é preciso entender como ele se comporta, o que influencia o cliente e o que trava a decisão de compra ou locação.
Quem investe nisso se posiciona melhor, fecha mais negócios e ganha autoridade. E se esse é o seu objetivo, as próximas dicas vão ajudar muito. Acompanhe!
Mapeie o perfil do cliente antes de oferecer qualquer imóvel
Antes de qualquer apresentação de imóvel, o foco precisa estar na escuta. E não é escutar só para responder: é escutar para entender. Perguntas bem colocadas revelam mais do que uma ficha técnica. “Como você vive hoje?” ou “O que te fez começar essa busca agora?” abrem espaço para descobrir o que realmente pesa na decisão.
Quando o corretor entende o estilo de vida, as prioridades e até as frustrações do cliente, a conversa muda de tom. Assim, em vez de empurrar opções, ele passa a apresentar soluções.
Quem tem filho pequeno quer praticidade. Quem mora sozinho pode priorizar mobilidade. E quem está de mudança urgente valoriza agilidade mais do que qualquer detalhe estético. Mostrar o imóvel certo começa com algo bem simples: perguntar, escutar e interpretar antes de oferecer.
Aprenda a apresentar imóveis com storytelling e estratégia
Descrever cômodos e metragens qualquer um faz. O que chama atenção de verdade é quando o cliente se imagina vivendo ali, e isso só acontece quando a apresentação tem contexto, intenção e propósito.
Mais do que listar características, o segredo está em contar uma história que se conecta com o momento da pessoa. Em vez de dizer “sala ampla com varanda”, tente algo como: “Esse espaço tem uma luz ótima no fim da tarde, perfeito para quem curte chegar do trabalho e relaxar no sofá com tudo aberto”.
Ao adaptar a apresentação ao estilo de vida do cliente, você transforma um imóvel em possibilidade real. Um quarto pode virar o home office ideal. A área gourmet pode ser o ponto de encontro dos domingos em família.
Essa abordagem tira o foco do imóvel enquanto produto e leva para o que ele entrega na rotina de quem está ouvindo. E quando o cliente se vê morando ali, a venda anda sozinha.
Use a tecnologia a favor do relacionamento, não só da operação
Ferramentas digitais são ótimas para agilizar processos, mas o verdadeiro ganho vem quando elas ajudam a cuidar melhor de cada cliente. Não se trata apenas de organizar agenda ou automatizar e-mails; é sobre criar experiências mais fluídas, personalizadas e profissionais.
Um CRM bem configurado, por exemplo, permite registrar preferências, acompanhar interações e identificar o momento certo de retomar contato. Notificações inteligentes ajudam a não perder o timing de uma proposta ou de um pós-visita. E o agendamento online evita idas e vindas desnecessárias, mostrando que o atendimento é ágil e respeita o tempo do cliente.
Automatizações simples, quando bem usadas, liberam o corretor das tarefas operacionais para que ele tenha mais tempo para construir relacionamento e gerar confiança.
Soluções como o Imoview mostram que dá para unir gestão, atendimento e marketing em um só sistema. E quando a tecnologia trabalha a seu favor, o cliente percebe e valoriza.
Domine os processos jurídicos e documentais do mercado imobiliário
Negociar bem vai além de falar com desenvoltura ou conhecer o imóvel de ponta a ponta. Quem atua com segurança sabe que entender contratos, prazos, garantias e documentação é parte essencial do trabalho e influencia diretamente na confiança do cliente.
Quando o corretor domina esses pontos, ele transmite clareza, responde dúvidas com precisão e antecipa problemas que poderiam travar o negócio. E isso vale tanto para vendas quanto para locações. Saber explicar o que é caução, como funciona a análise de crédito, quais documentos são exigidos e como ocorre a assinatura do contrato passa credibilidade na hora.
O cliente não quer alguém que diga “vou checar com a imobiliária” a cada pergunta. Ele quer alguém que oriente, simplifique e dê segurança durante todo o processo.
Esse tipo de conhecimento jurídico não substitui o trabalho do jurídico da empresa, mas reforça o papel consultivo do corretor, que deixa de ser apenas um intermediador e passa a ser visto como referência.
Tenha postura consultiva — conduza sem pressionar
Pressionar o cliente é o caminho mais rápido para perder uma venda. Quem busca comprar ou alugar um imóvel quer se sentir seguro, não encurralado. E o corretor que entende isso adota uma postura muito mais estratégica: a de consultor, não de vendedor apressado.
Conduzir com leveza, trazendo informações relevantes, ouvindo com atenção e mostrando cenários possíveis transforma o atendimento. Em vez de frases como “essa é a última chance” ou “se você não fechar agora, vai perder”, prefira abordagens como: “Esse tipo de imóvel tem saído rápido. Posso te avisar se surgir algo similar?” ou “Você quer avaliar outras opções com o mesmo perfil?”.
Esse cuidado constrói confiança. E cliente que confia tende a voltar, indicar e fechar com mais segurança.
A postura consultiva não acelera apenas a tomada de decisão. Ela aumenta a percepção de valor do profissional, fideliza no longo prazo e cria um relacionamento mais saudável, onde fechar negócio vira uma consequência, e não uma pressão.
Cuide da sua reputação digital (ela influencia muito no fechamento)
Antes de responder uma mensagem, tem cliente que já deu um Google no seu nome, olhou seu Instagram e leu as avaliações no perfil da imobiliária. E tudo isso influencia mais do que muita gente imagina na decisão de continuar a conversa ou nem responder mais.
Foto de perfil sem cuidado, biografia confusa, redes sociais desatualizadas e respostas frias passam a impressão de descuido. Já um perfil bem apresentado, com imagem profissional, avaliações positivas e conteúdo relevante transmite exatamente o contrário: preparo, atenção e profissionalismo.
Mesmo que a negociação aconteça por outros canais, a presença digital funciona como uma vitrine de credibilidade. E cliente que confia no corretor tende a seguir com mais segurança, principalmente em decisões que envolvem contratos, valores altos e expectativa de longo prazo.
Cuidar da reputação online não é vaidade. É estratégia comercial. São os detalhes que constroem ou derrubam a confiança antes mesmo do primeiro encontro.
Invista em capacitação contínua para evoluir no mercado
O mercado imobiliário muda o tempo todo. Ferramentas novas, exigências jurídicas, mudanças no comportamento do consumidor, estratégias digitais que surgem e desaparecem em questão de meses… Quem para de aprender, fica para trás sem perceber.
Corretores que se mantêm atualizados conseguem adaptar o discurso, testar novas abordagens de negociação, entender melhor os perfis de clientes e acompanhar as transformações do setor com mais segurança. Não se trata de acumular certificados; é sobre estar preparado para lidar com um mercado mais exigente, competitivo e digitalizado.
Plataformas como a Universal Academy oferecem cursos gratuitos e práticos, pensados para o dia a dia do corretor que quer ir além do básico. Do atendimento à legislação, passando por marketing e tecnologia, tudo o que pode fortalecer sua atuação está ali, disponível.
Investir tempo em capacitação não é custo. É estratégia para crescer, se destacar e negociar com mais propriedade em qualquer cenário. E isso vale todos os dias.
Desenvolva inteligência emocional para lidar com pressão e objeções
Nem todo cliente vai ser fácil. Nem toda proposta vai vingar. E o corretor que entende isso aprende a respirar fundo, manter a escuta ativa e seguir com foco, mesmo quando o cenário parece sair do controle.
Negociação envolve pressão, prazos apertados, decisões difíceis e muitas objeções pelo caminho. É nesse momento que a inteligência emocional se torna um dos maiores diferenciais. Saber ouvir um “não” sem levar para o lado pessoal, encarar críticas com maturidade e manter a empatia mesmo diante de clientes difíceis são atitudes que fortalecem a postura profissional.
Lidar com frustrações faz parte do jogo. E quem reage com equilíbrio, sem perder o tom ou a compostura, transmite confiança e se destaca no meio de tantas abordagens apressadas ou impacientes.
Esse controle não nasce do acaso. Ele pode e deve ser desenvolvido. Treinar a mente é tão importante quanto conhecer o imóvel. Afinal, quem mantém a calma quando tudo aperta, costuma ser o primeiro a fechar quando a oportunidade aparece.
Faça networking com outros profissionais do mercado
Vender bem não depende só de talento individual. Depende também de quem está por perto. Corretores que constroem uma boa rede de contatos conseguem fechar negócios com mais agilidade, receber indicações e encontrar soluções rápidas para desafios que, sozinho, demorariam muito mais para resolver.
Parcerias entre corretores ajudam a ampliar o alcance de imóveis e clientes. Mas o networking vai além disso. Ter contato com advogados, vistoriadores, cartórios, despachantes, fotógrafos, fornecedores e até síndicos facilita o andamento de processos, evita ruídos e valoriza a experiência do cliente.
Na prática, um bom relacionamento com um cartório pode acelerar a emissão de certidões. Um fotógrafo parceiro garante imagens melhores para divulgar um imóvel. E um advogado de confiança pode esclarecer dúvidas jurídicas que travariam a negociação.
Cada conexão estratégica se transforma em suporte no dia a dia e, muitas vezes, em novas oportunidades. Quanto mais sólido for esse círculo, mais seguro e profissional é o caminho até o fechamento.
Atualize-se sobre tendências de consumo e comportamento
As pessoas não moram mais como antes, e também não escolhem imóvel do mesmo jeito. Entender essas mudanças é o que permite ao corretor se conectar de verdade com o cliente, em vez de apenas apresentar opções.
Cada geração tem uma lógica própria de consumo. Enquanto muitos jovens priorizam localização e mobilidade, famílias buscam segurança, praticidade e ambientes multifuncionais. Já os mais maduros costumam valorizar conforto, acessibilidade e estabilidade.
Além disso, o uso de tecnologia virou parte do processo de decisão. Clientes pesquisam antes de visitar, comparam tudo online e já chegam com referências na mão. Quem não acompanha esse ritmo perde espaço e vendas.
Estar por dentro dessas tendências ajuda o corretor a ajustar o discurso, selecionar imóveis com mais critério e oferecer experiências mais alinhadas com o que o cliente realmente valoriza.
Mais do que vender imóveis, é sobre entender como as pessoas querem viver e adaptar a estratégia de atendimento a essa realidade em constante movimento.
Mostre segurança nas decisões — mesmo quando for preciso dizer “não”
Nem todo cliente está certo, e nem todo imóvel é um bom negócio, por mais atrativo que pareça. O corretor que se posiciona com firmeza quando algo não faz sentido demonstra autoridade e constrói confiança de verdade.
Orientar não é apenas mostrar caminhos viáveis. É também alertar sobre riscos, apontar limites legais e explicar, com clareza, quando uma condição pode comprometer a negociação. Dizer “isso não é indicado para o seu perfil” ou “essa proposta não se sustenta juridicamente” exige coragem, e é exatamente isso que o cliente espera de um profissional sério.
Essa segurança mostra que o corretor está ali para orientar, e não apenas para vender a qualquer custo. Quando isso acontece, o cliente percebe que está sendo bem assessorado e tende a confiar ainda mais nas próximas etapas.
Postura firme, argumentos bem fundamentados e transparência reforçam o papel consultivo. E quem entrega isso se destaca, mesmo quando a resposta é “não”.
Acompanhe o cliente até depois da assinatura do contrato
Muita gente acha que o trabalho termina quando o contrato é assinado. Mas, para quem quer se destacar de verdade, é justamente depois do fechamento que começa uma nova etapa: o relacionamento de longo prazo.
No mercado imobiliário, o pós-venda (ou pós-locação) ainda é negligenciado por muitos profissionais, e isso abre espaço para quem faz diferente. Um simples contato após a mudança, uma checagem se deu tudo certo com a vistoria, ou até um aviso sobre oportunidades futuras já mostram que você não está ali só por comissão.
Essa presença, mesmo que sutil, gera conexão real. O cliente sente que foi bem atendido do início ao fim, e isso se traduz em algo valioso: confiança. E onde há confiança, há indicação, recompra e lembrança positiva.
Atender bem é importante. Mas continuar presente depois da entrega é o que transforma o corretor comum em referência. E quem cuida do depois, colhe resultados por muito mais tempo.
Ser um bom corretor é dominar o presente com olho no futuro
No mercado de hoje, saber como ser um bom corretor de imóveis é entender que isso vai muito além de simpatia ou boa conversa. O que realmente diferencia é a capacidade de aplicar técnica com consistência, manter-se atualizado e agir com visão estratégica a cada atendimento.
Quem desenvolve esses pilares — domínio, adaptação e posicionamento — fecha mais negócios e constrói uma carreira sólida, reconhecida e sustentável. Não se trata de fazer mais do mesmo, mas de evoluir com inteligência e foco no que realmente gera valor a longo prazo.
E para continuar crescendo com propósito, vale buscar conhecimento constante.
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