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- O que é taxa de intermediação e quando ela é aplicada?
- Taxa de intermediação na locação de imóveis
- Taxa de intermediação na compra e venda de imóveis
- O que diz a lei sobre a taxa de intermediação?
- Taxa de intermediação é a mesma coisa que comissão?
- Como explicar a taxa de intermediação para o cliente?
- Como um sistema de gestão ajuda a controlar as taxas e repasses?
- Cobrar com clareza fortalece a confiança e valoriza seu serviço
Cobrar a taxa de intermediação é parte legítima do trabalho do corretor, mas basta ela aparecer no contrato para surgirem perguntas, desconfianças ou até reclamações. Mesmo sendo comum em vendas e locações, o tema ainda gera muita dúvida entre clientes e até entre alguns profissionais.
Entender o que essa taxa representa, quando ela deve ser aplicada e como formalizar tudo da forma correta melhora o atendimento, evita conflitos e dá mais segurança à negociação.
Aqui, você vai descobrir o que a legislação diz sobre o assunto, como explicar essa cobrança aos seus clientes e como evitar confusões que podem atrapalhar um negócio prestes a ser fechado.
Então, se é isso que você busca, acompanhe o post até o final.
O que é taxa de intermediação e quando ela é aplicada?
A negociação pode até parecer simples para quem está de fora, mas encontrar o imóvel certo, lidar com visitas, ajustar valores, organizar documentos e conduzir o fechamento exige muito mais do que boa vontade. É nesse processo que entra o trabalho técnico do corretor ou da imobiliária, e é por isso que existe a taxa de intermediação.
Essa cobrança representa a remuneração pelo serviço prestado na intermediação entre as partes envolvidas. Não é uma taxa extra ou “oculta”, mas sim um pagamento justo pelo conhecimento, dedicação e responsabilidade assumida durante o processo. Ela reconhece o papel de quem acompanha cada etapa da negociação com atenção e profissionalismo.
Na prática, a taxa pode aparecer em diferentes momentos e formatos, dependendo do tipo de contrato. Por isso, é importante entender com clareza onde ela se encaixa e quem deve arcar com esse custo.
Em quais transações a taxa pode ser cobrada?
Ela pode ser aplicada tanto em vendas quanto em locações. Na venda de imóveis, normalmente aparece como porcentagem do valor total. Já na locação, costuma ser cobrada uma vez, no início do contrato, como percentual sobre o primeiro aluguel.
Quem paga a taxa: locador, locatário ou comprador?
Isso depende do tipo de negociação e do que for acordado. Na locação, é comum que o inquilino pague a taxa. Em vendas, o mais usual é que o comprador arque com a comissão. Mas tudo deve estar previsto em contrato, com clareza para todas as partes.
Taxa de intermediação na locação de imóveis
Muitas pessoas alugam um imóvel pela primeira vez e se assustam ao ver uma cobrança adicional no início do contrato. Mas, no caso da locação, essa taxa não é uma surpresa; é parte legítima do processo. O que precisa, de fato, é estar bem explicada, formalizada e dentro dos limites legais.
A cobrança na locação acontece como forma de remunerar o trabalho de quem encontrou o imóvel, cuidou das visitas, checou a documentação e intermediou a negociação entre proprietário e inquilino. E, apesar de gerar dúvidas, essa prática está prevista na lei.
A seguir, você entende melhor o que a legislação determina, em quais situações o inquilino pode ser cobrado e quais são os valores mais comuns praticados no mercado.
O que diz o artigo 722 do Código Civil
Esse artigo estabelece que o corretor tem direito à remuneração quando presta serviço, mesmo que informalmente. Ou seja, se houve intermediação, a comissão pode ser cobrada, desde que o valor esteja claro e previsto no contrato.
Quando o inquilino pode ou não ser cobrado
A taxa só pode ser exigida do inquilino se ele for o cliente da imobiliária ou tiver concordado com a cobrança no contrato. Caso o locador tenha contratado diretamente o serviço, ele é quem deve pagar.
Percentual médio praticado no mercado
Na locação, o valor gira em torno de uma vez o valor do primeiro aluguel. Esse percentual é o mais comum, mas pode variar de acordo com a região, a política da imobiliária e o tipo de contrato.
Taxa de intermediação na compra e venda de imóveis
Quando se fala em comprar ou vender um imóvel, a figura do corretor está quase sempre presente. E com razão: ele é quem conduz visitas, filtra propostas, orienta juridicamente, intermedia o contato entre as partes e ajuda a fechar o negócio com mais segurança. Por trás de tudo isso, existe um valor atrelado, e é nesse ponto que entra a taxa de intermediação.
No caso de vendas, essa taxa é geralmente chamada de comissão. Ela representa a remuneração pelo trabalho de intermediação comercial e tem previsão legal no Código Civil, garantindo respaldo tanto para quem presta o serviço quanto para quem contrata.
Entender como ela funciona evita conflitos e garante transparência na negociação. Vamos aos pontos principais.
Percentual comum no Brasil
O valor da comissão costuma variar entre 5% e 6% do preço de venda do imóvel, mas pode haver acordos diferentes, dependendo do tipo de bem, da região ou do mercado local. Em imóveis rurais, por exemplo, o percentual pode ser maior.
Quando ela é paga e por quem
Na maioria dos casos, quem paga é o vendedor. Mas, se o comprador contratou o corretor de forma direta, ele é quem arca com a taxa. O mais importante é que tudo fique claro entre as partes antes de fechar o negócio.
Como formalizar essa cobrança em contrato
A comissão deve estar registrada por escrito, seja em um contrato de corretagem, proposta de compra ou cláusula específica no contrato de compra e venda. Isso evita dúvidas e protege todos os envolvidos.
O que diz a lei sobre a taxa de intermediação?
A cobrança da taxa de intermediação está amparada por lei, mas é justamente a falta de clareza na comunicação com o cliente que costuma gerar confusão. Para não enfrentar questionamentos ou até reclamações formais, o corretor ou a imobiliária precisa entender o que diz a legislação e como aplicá-la de forma transparente.
A seguir, veja o que o Código Civil estabelece, como órgãos como o Procon e o STJ enxergam essa prática e o que você pode fazer para evitar problemas na hora de apresentar essa cobrança ao cliente.
Código Civil e o papel do corretor
O artigo 722 do Código Civil garante que o corretor tem direito à remuneração sempre que realiza uma intermediação, desde que o serviço tenha sido prestado de forma regular. A lei reconhece o trabalho como legítimo e prevê o pagamento mesmo sem contrato formal, se ficar comprovado que houve intermediação.
Entendimento do Procon e do STJ
O Procon orienta que a cobrança deve ser informada com antecedência e estar clara no contrato. Por sua vez, o STJ entende que o pagamento pode ser exigido quando o corretor atua em nome do cliente, desde que a relação de intermediação esteja bem definida. Quando há desequilíbrio ou cobrança indevida, a Justiça tende a proteger o consumidor.
Como evitar problemas com cobranças indevidas
Sempre registre a taxa por escrito, detalhe no contrato o valor e quem irá pagar, e evite termos genéricos. Quanto mais transparente for a negociação, menor a chance de questionamentos, e maior a credibilidade do profissional.
Taxa de intermediação é a mesma coisa que comissão?
Muita gente usa os dois termos como se fossem iguais e, na prática, eles até podem se confundir em algumas situações. Mas existe uma diferença sutil e importante entre comissão e taxa de intermediação, especialmente quando falamos em locações ou contratos de longo prazo.
De forma geral, a comissão é o valor pago pela conclusão de uma transação, enquanto a taxa de intermediação pode aparecer como uma cobrança pontual ou recorrente, dependendo do serviço prestado.
Vamos entender melhor esses dois conceitos e quando essa diferença precisa ser destacada.
Diferença entre comissão da venda e taxa administrativa mensal
Na venda de um imóvel, a comissão é uma porcentagem do valor total negociado, paga uma única vez ao corretor ou à imobiliária. Já na locação, é comum que exista a taxa de intermediação inicial (cobrada sobre o primeiro aluguel) e, depois, uma taxa administrativa mensal, referente à gestão do contrato.
Ou seja: a comissão está ligada à concretização do negócio. A taxa administrativa está ligada à manutenção dele.
Quando a distinção interfere na comunicação com o cliente
Se o cliente não entende por que está pagando algo além do valor do imóvel ou do aluguel, o risco de objeções aumenta. Esclarecer desde o início o que é comissão, o que é taxa de intermediação e o que é taxa administrativa reduz conflitos e mostra profissionalismo. Não se esqueça de que transparência evita retrabalho.
Como explicar a taxa de intermediação para o cliente?
Por mais comum que seja no mercado, a cobrança da taxa de intermediação ainda é motivo de dúvida para muitos clientes, principalmente quando ela aparece no contrato sem ter sido bem explicada antes. Isso pode gerar desconfiança e até colocar em risco um negócio que estava prestes a ser fechado.
Mas com uma comunicação clara, objetiva e segura, o corretor consegue contornar objeções e mostrar que a taxa não é um custo “extra”, e sim parte do processo de uma negociação bem conduzida. A seguir, veja como abordar esse tema com mais tranquilidade e transparência.
Seja claro desde o primeiro contato
Não espere o cliente perguntar. Fale da taxa logo no início da conversa, explique o motivo da cobrança e o que está incluso no serviço. Isso evita surpresas e transmite confiança desde o começo da relação.
Mostre o valor do serviço, não só o custo
Explique o que está por trás da taxa: a busca pelo imóvel ideal, as visitas, a checagem da documentação, a segurança jurídica e o suporte do início ao fim da negociação. Quando o cliente entende tudo o que está sendo entregue, ele enxerga a taxa como investimento, e não como peso.
Formalize tudo em contrato com linguagem objetiva
Nada de termos técnicos demais ou cláusulas confusas. Use linguagem simples, diga claramente o valor, quem paga e em qual etapa. Um contrato direto evita ruídos, protege as partes e reforça o profissionalismo do atendimento.
Como um sistema de gestão ajuda a controlar as taxas e repasses?
Gerenciar taxas de intermediação, comissões, contratos e repasses manualmente é pedir para perder tempo e, em muitos casos, dinheiro também. A cada novo cliente, a cada novo contrato, o risco de erro aumenta se não houver um sistema que acompanhe de perto cada movimentação.
Para corretores autônomos e imobiliárias, usar um sistema de gestão otimiza a organização do fluxo financeiro e na transparência com os clientes e proprietários. Em vez de planilhas soltas ou anotações improvisadas, tudo fica concentrado em um só lugar, com registro de cobranças, histórico de pagamentos e relatórios detalhados de cada repasse.
É nesse ponto que ferramentas como o Imoview, da Universal Software, se destacam: o sistema permite controlar contratos, gerar recibos, calcular comissões automaticamente e acompanhar tudo de forma integrada e segura. E como ele é focado no mercado imobiliário, já vem preparado para lidar com as especificidades da área, inclusive com o controle das taxas de intermediação e da taxa administrativa.
Além de trazer agilidade para o dia a dia, o uso de um bom sistema profissionaliza a operação e passa mais segurança para quem contrata. Isso impacta diretamente a percepção de valor do serviço e ajuda a manter o negócio saudável e confiável, tanto para quem compra ou aluga quanto para quem intermedeia.
Cobrar com clareza fortalece a confiança e valoriza seu serviço
A taxa de intermediação é parte do reconhecimento pelo trabalho técnico, estratégico e atencioso que o corretor ou a imobiliária realiza em cada negociação. Mas, para que essa cobrança seja bem recebida, é preciso mais do que incluí-la no contrato: ela precisa ser comunicada com transparência, justificada com base no valor entregue e aplicada com responsabilidade.
Quando isso acontece, o profissional evita desgastes e também reforça sua autoridade no mercado. E, com apoio das ferramentas certas, esse processo se torna ainda mais simples e seguro.
Quer organizar sua gestão de taxas, contratos e comissões com mais agilidade? Agende uma demonstração do Imoview e veja como o sistema pode ajudar seu negócio a ganhar eficiência e profissionalismo.